sábado, 30 de abril de 2011

PORTILLO

Saímos da vinícola e fomos para Portillo, estação de esqui badalada, dizem que no inverno quem faz a alegria das estações de esqui, somos nós, brasileiros, pasmem! Acho que no verão também, pois lá só estávamos Luiz e eu, e na saída um casal de motociclistas de....Brasília, socorro!!!!
A estrada que leva a estação se chama Caracol, nome bem apropriado diria eu, só passa um carro de ida e outro de volta, quando começa a circundar a montanha, há de se ter muito cuidado, principalmente no inverno.

Alguns pedaços da estrada são pontuados com túneis para proteger dos deslizamentos de pedras, que ocorrem no inverno, ui!

E a estrada chamada de Caracol, vulgamente, faz jus ao seu nome....

Um verdadeiro autorama...

Chegamos...frio, muito frio, apesar de um sol radiante e um céu com poucas nuvens. Estávamos morrendo de fome e fomos direto para o restaurante do hotel, que já estava com a cozinha fechando.

Nos sentamos e fizemos o pedido. Quando olhei...a Lagoa Inca - Laguna del Inca, refletida através do vidro do restaurante. Uma grande surpresa...Nao resistimos e fomos até ela, apesar do vento açoitar a pele..

Momento de reverenciar a natureza...que nos mostra tranquila e poderosa...

segunda-feira, 18 de abril de 2011

TERCEIRO DIA - VINÍCOLA ERRAZURIZ

Vamos continuar a turistar? Resolvemos reservar o dia de hoje para irmos a uma vinícola e a uma das estações de esqui, escolhemos a vinícola Errazuriz e a Estação Portillo. Ambas maravilhosas!

Fizemos esse passeio com o Sr. Jose, citado nos primeiros posts. Pensamos em ir à Concha y Toro, conhecida de todos nós, e bastante badalada, pois é bem perto de Santiago. O Sr. Jose nos sugeriu ir a uma mais diferenciada, aceitamos prontamente, uma das preciosas regras de quem viaja: experimente o novo e o inusitado, não se prenda à zona de conforto, ouse, você pode ter experiências incríveis.

Pois bem, assim fomos e não nos arrependemos. Localizada em Panquehue, no Vale do Aconcágua, a 100km da capital, é uma das mais tradicionais do Chile. Foi fundada por D. Maximiano, 1870, e é hoje o quarto maior grupo exportador do país. (vinho virtual).


Caminhamos pela viña, Luiz, eu e dois equatorianos. Um tour quase que personalíssimo, onde foi possível conhecer sobre a produção, saborear uvas cabernet sauvignon tiradas do pé e fazer uma degustação tranquila acompanhada de uns pãezinhos especiais e muitas, muitas histórias...e viva Baco, ou se quiser algo mais grego, viva Dionísio!

Cabernet Sauvignon...desengarrafada!


Detalhe ao fundo da paisagem: Cordilheira dos Andes.

Nossa degustação...


Os vinhos degustados....




O estrago? Compramos todos os que degustamos, ainda bem que só foram quatro...
E quer saber o segredo de um bom vinho? O grande e nobre carvalho francês...essas são as melhores barricas.

E na saída um olhar para a decoração temática...




domingo, 17 de abril de 2011

ASTRID Y GASTÓN - JANTAR EM ALTO ESTILO

Encerramos nosso programa do dia e fomos para o hotel, pois havíamos feito uma reserva no famoso restaurante Astrid Y Gastón, da badalada cozinha peruana do Chef Gastón Acurio.

Vale fazer uns esclarecimentos sobre o restaurante, que está presente em 7 países (Argentina, Chile, México, Epanha, Venezuela, Equador e Colômbia), além do Peru, claro.

Astrid é a esposa de Gastón, o Chef peruano, que abandonou o curso de Direito. Ela é alemã, abandonou a medicina, e se conheceram na Cordon Bleu, em Paris. Casaram e fizeram também uma dobradinha em restaurantes. O forte dela é a pâtisserie, por isso as sobremesas ficam a seu cuidado.
Eles são autores de livros e ele dirige um programa de culinária na TV Peruana.
Gastón tem planos de a cada ano abrir um restaurante novo ou uma franquia. Além do Astrid y Gastón, ele também assina a cozinha, entre tantos, do La Mar, no Chile, e em São Paulo. Portanto, fica a dica, se quiser conhecer um pouco mais da cozinha desse chef, vá à Sampa, mas depois ao Chile, ao Peru, etc.

Nos deliciamos com Côngrio, meu pedido, e Luiz foi de El Cordero de la Patagonia, como pode a pessoa que está num país que respira frutos do mar, ou melhor come, e só gosta de camarão? Quer um conselho? Se você come frutos do mar, não prove carne, vá de marítimos, alguns produtos são endêmicos, ou seja só tem no Chile e vale a pena experimentar, por mais que pareçam estranhos....são deliciosos...

Bom, o nosso prato estava divino, veio um couvert com pães maravilhosos, depois trouxeram essa colher, que não pedimos, com uma polenta cremosa, cortesia da casa, e em seguida os pratos.


O vinho, não poderia ser mais do que especial, com a marca da casa, pinnot noir.


E um brinde a tudo...


De sobremesa, conheça qualquer coisa que leva lúcuma, fruta típica peruana, muito saborosa.
"A lúcuma (Pouteria lucuma) é uma árvore da família das sapotáceas originária dos vales andinos do Peru. É cultivada por seu fruto, empregado na gastronomia, sobretudo na confecção de sobremesas e sorvetes. (Wikipédia)."

Também tem uma sobremesa famosa peruana que é "suspiros limeños". Muito boa...
As louças são detalhes a parte, amei todas, e já perguntei ao garçom qual a loja  chilena que vendia...doce ilusão, são especiais da alemanha, a Astrid encomenda por lá...

Essa é a vista de cima do salão principal arrumado para os próximos clientes. Vejam os detalhes das louças.

Imperdível.
Astrid y Gastón - http://www.astridygaston.com/ -
Calle Antonio Bellet 201, Providencia
Santiago de Chile
Fizemos nossa reserva no Brasil, pelo site. Sempre faça reservas para comer nos lugares badalados do Chile, é uma prática que eles apreciam muito e necessária.

La Mar - Rua Tabapuã - 1410 - Jardins - São Paulo - SP Tel: (11) 3073-1213.

IGREJA S. FRANCISCO E BAIRRO PARIS-LONDRES

Saímos do Cerro e andamos mais um pouco até nos depararmos com a Igreja de S. Francisco, a construção mais antigas da cidade, 1586, e o seu Museo de San Francisco (arte sacra), bem ao lado, por incrível que pareça não tiramos foto...deixamos para depois....até hoje. A igreja é bem fransciscana, no sentido religioso de ser e não no sentido brasileiro. Achamos estranho ela ser tão simples e quase vazia, creio que a nossa perplexidade, pois conhecemos o ouro ostentado nas nossas, nos fez esquecer de tirar as fotos.

Ao lado, há o que eles chamam de "Barrio Paris-Londres", que não deixa de ser um cruzamento das ruas Paris e Londres (dãã), feitas de paralelepípedos, com ar medieval e de vilinha. Uma graça! Aqui,  Paris e Inglaterra se entendem e formam um belo conjunto arquitetônico, com casas de 1920. É uma região com albergues, representações universitárias, mochileiros, e bares.






CERRO SANTA LUCIA E ARREDORES

Caminhando pela Alameda fizemos um "pit stop" no Mc Donald's, que heresia, que feio...mas queríamos algo rápido, nisso eles são bons, e leve, nisso eles não são bons, mas tem uma salada que dá par enganar, a questão era não perder tempo comendo, pois a "cena", jantar em espanhol, prometia.

Passamos pela Universidade do Chile e logo depois, do outro lado da rua, pela Biblioteca Nacional. Logo após a Biblioteca fica a entrada para o Cerro Santa Lucia, o Chile tem várias colinas, duas estão para visita, pois viraram parques, como esta, que é a menor.

Desse lado que estamos da colina a subida é pela Escalinata Monumental, passando pela fonte de Netuno e depois uma subida árdua e com muitos degraus. Não precisa desistir dessa subida, pela rua Santa Lucia há outra entrada que pode ser feita pelo elevador. Só descobrimos quando descemos por esse lado da colina, oh céus, penitência paga.


O outono chegando e as árvores confirmando a estação...lindo!


O visual que se tem do Cerro Santa Lucia é de um Chile "paulicéia" muitos prédios, muita poluição que mesmo em dia de sol, te impede de ver muita coisa e principalmente a Cordilheira. Não diria que esse passeio é imperdível.

Dentro desse parque, que é o Cerro St. Lucia, há um castelo, que não estava aberto para visitas.



Vocês já viram um pé de copo-de-leite? Eu nunca nem tinha pensado sobre o assunto, mas se pensasse, jamais teria essa imagem como verdadeira...Eles nascem de cabeça para baixo, e é uma árvore grande...

PALACIO LA MONEDA - ESPECIAL

Caminhamos por alguns prédios lindos e antigos do Centro, inclusive a Bolsa de Valores e chegamos ao Palacio La Moneda, muito especial. Ali funciona a Sede do Governo Federal, e está recheado de histórias políticas, conchavos e até golpe militar. Foi lá que em 1973 Pinochet liderou o golpe, que culminou com o suicídio de Salvador Allende, se lhe parece com algo brasileiro e Getúlio Vargas, é mera coincidência.
Ele tem duas entradas: uma pela Plaza de la Constitución, onde ocorre em dias alternados, às 10h, a troca da guarda chilena. Esta praça é menos bonita, mas é a frente do Palácio, e lá também tem uma estátua de Salvador Allende.



A frase de Salvador, que o Luiz aponta é "Tenho fé no Chile e seu destino".

Os fundos do Palacio parece a frente, pois está situado na Praça da Cidadania, onde tem um grande bandeira chilena ao vento e uma grande fonte d'água, a rua que passa acima da praça é a famosa Av. Libertador Bernando O’Higgins, conhecida como Alameda. Veja muitos chilenos só conhecem essa rua pelo nome de Alameda, e ela é enorme e vem do aeroporto até o centro da cidade. No subsolo está o Centro Cultural Palacio La Moneda, tem exposições e uma loja da Fundación de Artesanías de Chile, mas não estava aberto para visitas, tão pouco os seus pátios.





Saímos dos fundos do Palácio, eu sei que parece a fente dele, mas não é...e seguimos pela Av. Alameda à esquerda rumo ao Cerro Santa Lucia.

sábado, 16 de abril de 2011

CONTINUANDO PELO CENTRO

Saindo da Casa Colorada, paradinha para o café. No Centro existem vários cafés chamados "cafes con piernas", cafés onde as garçonetes usam vestidos coladíssimos ao corpo e com um palmo de comprimento, haja pernas e os homens, mais os turistas, olhavam...bom, vocês sabem como, não é? Um dos mais badalados, inclusive localizado no calçadão famoso do centro,  Paseo Ahumada,  é  o chamado Haiti e tem também o Caribe, com várias filias pelo Centro.

Em seguida fomos ao Museo de Arte Precolombino, imperdível, vários utensílios, tecidos, roupas, ferramentas das comunidades indígenas localizadas na América Latina, e um pedaço da América do Sul, como a nossa famosa cerâmica paraense chamada Marajoara, Luiz se sentiu em casa , e viva o Pará!

Vimos também umas múmias de crianças, muito interessante, pois os pescadores da cultura Chinchorro retiravam alguns órgãos dos seus mortos e preenchiam os espaços vazios com ramas, barro e vegetais. Essa arte de mumificação antecedeu quase 2.000 anos à do Egito. E nessa cultura todos os povos eram mumificados, diferente do Egito, que só as altas autoridades tinham esse privilégio (?).

Saindo do Museo nos deparamos com uma construção enorme e nos perguntamos o que seria? Nada mais do que o Tribunal de Justiça do Chile, será que eles fazem remoção para quem trabalha na Justiça no Brasil ? Seria uma oportunidade para mim e para o Luiz, mas resolvemos não pensar em trabalho, por ora.