domingo, 22 de abril de 2012

AQUAVIT - UMA FESTA PARA O PALADAR

Gente, sexta-feira, dia 20 de abril foi meu niver, então maridão fez uma reserva no Restaurante Aquavit aqui de Brasília para uma noite prá lá de especial....

Há muito tempo queria conhecer esse restaurante, mas nem sempre foi po$$ível e fomos adiando..nada como uma data especial para rendermos homenagens, e lá fomos nós.

O restaurante é estrelado (duas estrelas) e diversas vezes premiado, tem no comando o chef dinamarquês Simon Lau, eleito o chef do ano na última edição da Veja Brasília Comer & Beber.

O nome do restaurante é uma homenagem a uma bebida típica dos países nórdicos, uma aguardente a base de batatas, você pode provar por lá...

O restaurante é numa casa, onde o Chef mora,  com decoração bem clean, típica da Dinamarca, sem placa nem indicação, com uma vista para o lago e a ponte, com pouquíssimas mesas na varanda, o que torna obrigatório a reserva, e nesse dia ele estava lotado e recusando reservas, ai ainda bem que conseguimos!

O menu oferecido sempre é o degustação, portanto fechado, e um desfile de 5 a 6 pratos podendo ser acompanhado também por um menu de vinhos que faz a harmonização com os pratos oferecidos. Se quiser pode pedir o vinho da carta de vinhos, em vez da harmonização. Já que estávamos lá pedimos tudo o que tínhamos direito: menu degustação completo acompanhado do menu de vinhos.

O atendimento é impecável e a sequência de pratos vem corretamente à mesa, sem demora...e ainda você assim que se senta e recebe um couvert da casa, o próprio Simon vai até você para te explicar o menu, num português já excelente...A cozinha é contemporânea com pegadas do regionalismo brasileiro.

O menu troca todo o mês, portanto em 1º de maio será outro e sempre é bom, quando for,  conferir se aprecia tudo o que será servido...

Simon também costuma fazer uma festa denominada A Festa de Babbete, passa o filme e segue para a degustação do cardápio inspirado no filme e executado por ele.

A decoração...

As premiações da casa...


O couvert é servido com uma cesta de pães caseiros e o ponto alto é esse pão preto com castanha-do-Pará, divino...


Acompanha duas manteigas trufadas, maravilhosas..


Vamos iniciar os trabalhos? Começando com Ostras e farofa (emulsão de tucupi, farofa de torresmo e pimenta cumari), ostras de Santa Catarina, hem? Gente, delícia total...

A ostra era harmonizada com vinho Dante Robino, uva torrontes, 2010 - Argentina

O segundo prato não tirei foto (sniff), estava tão maravilhada com tudo que estava acontecendo: papo, local, bebida, comida, companhia, que me esqueci, mas era maravilhosto: Tartar de pirarucu defumado (sopa gelada de castanha-do-Pará, é como se fosse um creme), acompanhada da Cava Raventós I blanc de nit, rosé, 2008, Espanha.

O terceiro prato fui à cozinha ver a montagem feita pelo Simon, ô pessoa enturmada...


A cozinha do Chef e sua simpatia..

Dizem que o segredo do bom Chef  são suas facas...

O terceiro prato foi um maravilhoso Foie gras grelhado e cajá manga (confit de codorna, salada frissé e brioche), gente esse prato estava um escândalo, harmonizado com Pio Cesare, moscato d'Asti, 2010, Itália.

O quarto foi uma Paleta de Cordeiro com dill (redução, tartelettes de aspargos e queijo pecorino) com Château cardus, médoc, 2007, França. Esqueci, também, de tirar foto...

Chocolate e laranja (suflê quente, sorvete e sorbet), harmonizado com noval, fine ruby, Porto, Portugal.

Madeleines de limão e macarons de limão siciliano para acompanhar o café ou chá...

A pessoa no final do banquete, com ar de felicidade e plena, além de um pouquinho alta...ótima noite!


SMLN, ML 12, cj. 1 , casa 5 , Lago Norte, Fone: 3369-2301 - 25 lugares - 21h-23h (quarta a sábado para jantar), sábado para almoço - 13h-15h
Brasília - DF

domingo, 8 de abril de 2012

PASSEANDO POR AÍ...

Como eu já havia dito no post anterior, os chilenos acordam tarde, por essas bandas e as praias às 10h estão desertas, a noitada é grande, seja pelos restaurantes e bares, seja pelo intenso movimento no Cassino de Pucón, pertencente ao hotel em que estávamos. Demos uma volta no Cassino, mas confesso que não me agrada muito o ambiente, então dou uma volta, conheço e saio logo, mas estava lotado e o que eu percebo é que há um número considerável de mulheres jogando nas máquinas caça-níqueis...

No nosso passeio, em uma tarde ou uma manhã completa você consegue fazê-lo a pé, visitamos também o Museu Mapuche, onde se pode ver alguns utensílios e artefatos produzidos por esses índios, bem como as famosas máscaras que eram usadas em rituais.



Na rua transversal da Prefeitura tem um Mercado que vende várias bugingangas produzidas por artesãos local...a rua fica cheia de carros não sei se por causa do artesanato ou dessa vista maravilhosa do vulcão...Há também outro Centro Artesanal mais chiquezinho onde funciona à noite perto dos badalados restaurantes, encontrei uma expositora brasileira de Maceió que mora há 6 anos em Pucón...diz que sente muita falta da sua cidade, do clima e dos amigos...mas as condições de trabalho no Chile são melhores...que pena!

Lá pelas 16h a fome apertou e resolvemos comer em um restaurante-bar da movimentada transversal da O'Higgins - Calle Fresia. Resolvemos comer uma parrilla, típica do Chile, no restaurante Raíces, que serve outras comidas chilenas.

Couvert - o sempre pebre (espécie de vinagrete com ají, pimenta local), mas esse sobressai a quinoa, eles comem muito no Chile, e umas fatias de pão, adoro!

O calor estava grande e para refrescar pedimor o pisco sour, bebida quase obrigatória no Chile...


A parrilla que vem com carnes, batata (uma para cada - eles não comem muito arroz e a batata é o acompanhamento mais comum), morcilla - muito encontrada no sul do nosso país e na Argentina, um tipo de linguiça feita com o sangue do boi temperado, às vezes chamada de chouriço -, e longaniza (linguiça tipica do Chile e muito boa).

Ensalada (salada) chilena, simples e saborosa...tomates cortados, cebola roxa fatiada, coentro (eles comem muito...).

Para acompanhar o prato principal, a boa pedida são as cervejas locais, e essa Austral é maravilhosa!


Final do dia, encerramos, pasmem, com um passeio de trenzinho pela cidade...o trenzinho sai da praça em frente ao hotel e dar uma volta geral na cidade levando crianças e pais...e qual a surpresa em passear só ouvindo música brasileira, iniciando pela Xuxa em espanhol, Michel Teló, Ivete Sangalo, Asa de Águia e outros...não acreditei!

Museu Mapuche - Calle Caupolicán, 243 (aberto de terça a domingo, a partir das 11h). Pode fotografar.
http://www.museomapuche.cl/
Centro Artesanal - C. Gerónimo de Alderete esquina com Miguel Ansorena
Restaurante Raíces - (comida típica chilena - fusión Mapuche). Calle Fresia, 246.
Trenzinho - Praça em frente ao Gran Hotel Pucón. Saída à noite, no verão.
Cassino de Pucón (agora Enjoy  Cassino) - Calle Miguel Ansorena, 121. Jogos: roleta, caça-níqueis, black jack, baccarat, pôquer.

Outros passeios:

Cemitério e Monastério Santa Clara - no final da Calle Miguel Ansorena. Aberto de seg.-sábado das 10h às 12h e das 15h às 18h. Lá tem uma capela, um amplo jardim e como fica no alto pode se ver uma bela vista panorâmica.
Casa Museu Padre Pancho - Calle Padre de Valdívia, em frente à Praça.
http://www.visitpucon.com/

sexta-feira, 6 de abril de 2012

PUCÓN - RECONHECIMENTO DE ÁREA

Primeira coisa que gosto de fazer quando chego a uma cidade é fazer o reconhecimento de área: passar no centro de informações ao turista, pegar um mapa da cidade, me informar sobre os passeios e dar uma volta na cidade situando o local onde estamos hospedados e os lugares interessantes próximos a ele.

Assim, seguimos para pegar o mapa da cidade. A oficina de turismo fica na rua principal de Pucón, a badaladissima Avenida O'Higgins perto da Municipalidad, ou seja da Prefeitura, onde também fica localizado o curioso semáforo vulcânico, para nos posicionar sobre a atividade do vulcão Villarrica...

Nessa avenida também, além do comércio e dos restaurantes, concentram-se as casas de câmbio e agências de turismo para passeios e expedições.

Com o mapa na mão fomos andar sem destino, para sentir um pouco o clima da cidade, das pessoas, dos recantos...Adoro! Em Pucón o que há para fazer é passear a pé, a cidade é bem plana para isso, pois as atividades e pontos turísticos mais famosos localizam-se nos arredores.

A sempre presente cruz...em todas as cidades o símbolo da religiosidade desse país...


Eu falei que em Pucón há muito de Gramado, e vejam aí um caminho repleto de hortênsias, lindo..E o guia do Chile na mão!

O sempre belo vulcão Villarrica e o lago de mesmo nome, que banha toda a cidade, é enorme, lindo e navegável...dessa marina muitos veleiros partem para levar turistas a um passeio de cerca de 1 hora. Tem vários horários, mas dizem que o imperdível é o pôr-do-sol!

No lago localizam-se as praias da cidade, Playa Grande, em frente ao Gran Hotel Pucón, post anterior, e a Playa La Poza, mais arborizada...

Em frente ao lago Villarica, mais uma homenagem aos Mapuchos, um jardim...

Mais um recanto perto do lago...

Parada estratégica para um café...


E uma fatia de kuchen (pronuncia kuquen) de nozes, o doce mais maravilhoso que comi nessa viagem. O café e a torta foram comidos na famosa Suíza Pastelería (que não é de pastel e sim de tortas), uma confeitaria movimentada com mesinhas na calçada, gente bonita e lanches saborosos.

Tenho que abrir um parêntese especial para esse tipo de torta: kuchen. Essa é uma torta típica e tradicional dessa região sul, oferecida até na estrada, e tem influência alemã. Comi muito na viagem, e é feita de diversos tipos, principalmente com frutas vermelhas e em cima uma farofinha doce, como se fosse um crumble. Mas, essa foi disparada a melhor de todas.


Oficina de Turismo - Av. O'Higgins, 483 - todos os dias 8h30-19h (verão até as 22h).
Site da cidade: http://www.puconturismo.cl/
Suíza Pasteleria - Av. O'Higgins, 116.